Seis jovens que deram seus primeiros arremessos no projeto Basquete.com, do Instituto ASPA, em Franca, estão comemorando importantes conquistas. Após anos de treinos, aprendizados e dedicação, elas foram aprovadas para integrar equipes juvenis de instituições esportivas, dando início às suas trajetórias de atletas competitivas.
As aprovadas são: Ana Livia Teodoro Lopes, de 11 anos, Kemilly Vitória Vicente dos Santos, 11, Ana Beatriz Santos Oliveira, 11, e Yasmin Mara dos Anjos, 14, que agora fazem parte da equipe da FEAC; Kailla de Paula Retucci Souza, 11, que defenderá o SESI Franca; e Heloísa Machado da Silva, de 15 anos, selecionada para o SESI Piracicaba.
Para o professor Cláudio Silveira, responsável por acompanhar a trajetória dos integrantes do Instituto ASPA, os motivos de comemoração vão além das quadras. “Todos esses passos que essas meninas estão dando, e outros jovens que estiveram conosco, mostram que o Instituto ASPA serve como uma base. Tudo que oferecemos aqui, como o basquete, os temas sociais, as atividades extracurriculares, contribui para a formação da criança não só como atleta, mas como pessoa. Isso não tem preço”, afirma o educador, que também destacou as histórias e características individuais de cada uma.
De alunas tímidas a atletas promissoras
Ana Livia começou a treinar em 2023, no núcleo do bairro Leporace. “Ela era tímida no começo, mas entrou em um grupo muito forte de meninas e evoluiu rapidamente. É muito dedicada e tem um biotipo excelente para o basquete”, explica Cláudio. Ela mesma reconhece o impacto dos ensinamentos: “Minha experiência no ASPA foi muito boa. Aprendi basquete com os meus professores. Fui aprovada na FEAC pelo meu esforço e pelo apoio dos treinadores e da minha família. Meu sonho é ser jogadora profissional um dia”.
Assim como Ana, Kemilly também foi aprovada para a FEAC e se emociona ao lembrar de sua caminhada. “No começo eu não gostava, mas com o tempo fui pegando gosto. O ASPA me ensinou a ter disciplina, pontualidade e compromisso. Meu sonho é viver do basquete e proporcionar uma vida melhor para mim e minha família”, afirma a jovem de 11 anos, que foi elogiada pelo professor por sua desenvoltura. “Ela começou um pouco tímida, mas pegou o jeito rápido. Tem o biotipo muito bom e tem ótimo domínio técnico. É uma menina que tem muito potencial”.
Ana Beatriz foi destacada pelo educador físico como uma atleta de grande leitura de jogo. “Ela é uma armadora nata, tem uma visão muito boa da quadra e fundamentos sólidos para a idade.” A aluna valoriza as lições passadas dentro e fora de quadra: “Além de aprender as técnicas, também aprendi a ter mais empatia e respeitar as diferenças. Sou muito grata por tudo. Meu sonho é virar jogadora profissional e representar a minha cidade um dia”.
Já Yasmin começou no projeto com apenas 8 anos. “Ela teve uma trajetória muito parecida com a da Heloísa: começou tímida e foi se apaixonando pelo esporte”, conta Cláudio. Mesmo já estando na FEAC, Yasmin manteve contato com os treinos no núcleo do Leporace até o começo deste ano. “Minha experiência no ASPA foi incrível. Graças aos professores, consegui melhorar no que tinha dificuldade e desenvolvi o sonho de jogar profissionalmente”.
Outros destinos, mesmo sonho
Entre as aprovadas, Kailla e Heloísa seguiram caminhos diferentes, mas igualmente promissores. Kailla, que agora joga pelo juvenil do SESI Franca, foi elogiada pelo domínio técnico. “É uma das mais prontas que já treinamos. Tem fundamentos muito bem executados para a idade”, disse o professor Cláudio.
Emocionada, ela relata a transformação que viveu no projeto. “Foi muito surpreendente e divertido. Lá aprendi valores que me fizeram uma nova pessoa. Hoje me sinto pronta para ir em busca do meu sonho, que é ser uma jogadora de basquete”.
Já Heloísa, hoje com 15 anos, começou no ASPA com apenas 7. “Era uma menina muito delicada e tímida. Hoje, é uma atleta forte e determinada, que já passou pela equipe pré-competitiva da FEAC e, agora, integra o SESI Piracicaba”, conta Cláudio.
O pai da jovem corrobora com o depoimento do professor e destaca a importância dos aprendizados repassados no Basquete.com. “Quando ela chegou na primeira aula e viu todas aquelas crianças, os olhos brilharam. Foi uma experiência fantástica e que marcou o pontapé inicial dela no basquete. Ela não tinha noção de como jogar basquete, mas aprendeu muito nos treinos. Hoje, a Heloísa respira e vive esse esporte”.
Mais que basquete: formação para a vida
O Instituto ASPA tem se destacado não apenas pelos resultados esportivos, mas pela proposta pedagógica integrada, que envolve também temas sociais, como campanhas solidárias e atividades de cidadania e cuidado com o meio ambiente. “O aluno não aprende só a bandeja ou o drible, mas participa de mutirões, arrecadações, plantios. Isso marca. Eles vão levar isso para a vida toda”, conclui Cláudio.
Com sonhos em comum e trajetórias que começaram em um mesmo lugar, essas jovens seguem agora novos caminhos, mas carregam consigo as raízes que encontraram nas quadras do Instituto ASPA, onde o esporte se une à educação para transformar vidas.